Fomos jantar no Cura. E por mim, jantaria lá todos os dias. A comida é impressionante e o serviço excepcional. Imagine um restaurante com 1 estrela Michelin com zero estrelismo e muita disposição para agradar seus clientes. Este é o Cura do chef Pedro Pena Bastos. Você escolhe entre duas opções de menu degustação: 5 ou 10 tempos. Cada menu com sua própria proposta de harmonização de vinhos. Caso opte por escolher o vinho, divirta-se nas ótimas opções da carta. Escolhemos o menu de cinco tempos com a harmonização Descobertas. Essa foi a nossa sequência: infusão de cereais que parecia um pão líquido, camarão do Algarve com pistache, salmonete num caldo defumado, lulas em um formato de massa com manteiga de algas, pães feitos na casa (massa mãe e versão portuguesa do brioche), robalo com feijão verde e presa ibérica com amêndoas e arroz de cogumelos. Todos espetaculares, mas a lula e a presa ibérica são inesquecíveis. De sobremesas tivemos chocolate com abóbora e bolo de biscoito. A harmonização dos vinhos foi um capítulo à parte. Tivemos os brancos Granito Cru 2022, Insula Vinus Verdelho 2019 (da ilha dos Açores com muita salinidade) e do Douro veio o Terras do Grifo Essência 2023. Acompanhado a presa de porco ibérico tivemos o Prior Lucas Habemus-R 2021 da Bairrada e com a sobremesa o Porto Branco Dona Antônia 10 anos. Todos muito bem escolhidos e perfeitos. Como despedida, o time do Cura presenteia os clientes com o detalhamento do menu servido (datado), os vinhos e o nome de toda a equipe que trabalhou nesta noite (marquei quem esteve em nossa mesa). O Cura é especial e memorável.
Viajar é mais do que conhecer lugares, é colecionar experiências e criar memórias afetivas que durarão para sempre.